Jesus: Produto Falsificado
- Júnior Figueiredo
- 26 de fev. de 2017
- 2 min de leitura

Falar de Jesus é sempre maravilhoso, entretanto, temos percebido o quanto a vã repetição do seu nome tem prejudicado a idoneidade em fazermos uso dessa prerrogativa. Como já sabemos, tudo que é aplicado de forma desorientada e habitual perde a originalidade, torna-se por demais automatizado. E transverte-se em chavão.
Na maioria das vezes, a frequência em replicar o nome de Deus não tem sido proporcional a sublimidade que ele representa. A palavra em si se fez menor que o verdadeiro sentido, asfixiando, assim, sua essencialidade.
Isso acontece porque nunca quisemos ser semelhantes a Deus. O que queremos, na verdade, é um deus semelhante a nós. Talvez um “tapa buracos”, um conserto ou um remendo que nos sirva, dia a dia, em nossas necessidades. É a instantaneidade dos nossos tempos nos traz também a necessidade de um deus instantâneo - imediato. É como renunciarmos a cura e nos viciarmos em analgésicos.
A vista disso, transformamos a virtude de Jesus em vício em jesus. Partindo tão somente em busca da sensação, da emoção, ou da vibração que nos traz o alívio. Não raro, confundindo até mesmo fenômenos psíquicos com a força do Espírito Santo. Então, esse jesus, modernamente reinventado, é embalado, vendido e revendido para os que o aceitam. Assim, a usança desse produto declinou a suntuosidade do seu nome, transformando-o em uma mera marca comercial, que exposta em prateleiras é fornecida a um mercado consumidor.
Nesse sentido, muitos que estão de fora dessa lambança, ainda que não tenham o conhecimento do produto original, percebem intuitivamente que há algo de errado com esse “jesus”. Então, afastam-se desse produto, procurando para si outros analgésicos. E, de uma forma inconsciente, tentam compensar externamente suas faltas internas. Sendo assim, para os que fazem uso do nome jesus ele se torna mera peça repetitiva de reparação e para os que estão “de fora” ele se transforma em clichê na boca dos que estão “de dentro.”
Na verdade, necessitamos de uma reforma de consciência já. Rejeitarmos o ídolo jesus e nos convertermos ao Senhor Jesus. É vital que ressuscitemos a natureza deste nome. Para então, erguermo-nos do comodismo e da apatia espiritual que nos faz vivenciar a inércia que hoje amargamos.
Jesus é vitalidade pura, é renovação, é fonte infinita de sabedoria e sublimação. É torrente que não seca, é cachoeira que não mirra é o eterno que não obsoleta. Se Jesus não for a força motriz, é porque nunca foi Jesus e se perdeu a originalidade é porque original nunca foi. Era simplesmente produto falsificado!
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