Onde Mora o Problema?
- Júnior Figueiredo
- 26 de fev. de 2017
- 2 min de leitura

Observando o mundo percebemos a enorme quantidade de desgraça que se abateu sobre nós. A insegurança, a falta de estrutura, a pobreza e a inércia governamental são alguns dos nossos maiores problemas sociais. Ano a ano compramos as mesmas mentiras e nos vestimos com as mesmas fantasias. Alguns culpam a mídia, outros os políticos, já alguns afirmam que o problema está no voto.
O certo é que, cada dia mais, sentimos as consequências de uma sociedade podre. Quem tem mais quer mais e quem tem menos paga a conta dos demais. A miséria aumenta, e um seleto grupo de “doutores” toma champanhe e tira férias na Suíça.
Enquanto isso, pensamos: “Se no mundo não houvesse tanta fome e desigualdades as pessoas seriam felizes.” Estamos errados! Definitivamente, as desventuras e fatalidades que se abatem sobre nós têm um terrível peso existencial, mas não é aí que mora o problema.
As maiores adversidades do mundo como as guerras, a corrupção e a ignorância são dejetos dos que têm barriga cheia. Por isso, não acreditamos que as demandas mundiais se resolveriam através do estômago. Esta necessidade, depois de atendida, gera outras e outras, de ordem crescente e insaciável, como é bem apropriado ao apetite humano.
O fato é que somos gananciosos, egoístas, mesquinhos e mentirosos. Dificilmente nossas próprias regras aplicam-se a nós mesmos. É a política do: “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço.” O que protesta nas ruas é o mesmo que recebe o troco a mais na padaria. Já o que prega: “não furtarás” é o mesmo que furta os que a ele confiam. Como diria o poeta: “Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade.”
No entanto, um homem nos ensinou a viver neste mundo. Não nos deixou a missão de levarmos riquezas ou questionarmos o que é justo. Mas nos mostrou que os problemas não estão nos revés ou desconfortos externos. Nos fez saber que a liberdade não mora na moeda, na saúde, na beleza ou nos prazeres. Esse homem nos fez ver que o bem e mal habita em cada um de nós. Se algum dia todos conhecermos este homem, aí sim, alvejaremos certeiramente a raiz do problema... Até lá, não saberemos onde mora o problema!
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