Preguiça de Orar?
- Júnior Figueiredo
- 26 de fev. de 2017
- 2 min de leitura

Antes de deixar o Brasil, com dieta e muito exercício físico, havia perdido quase 30 kg. No começo foi bastante difícil, mas com o passar do tempo o treino ficou prazeroso e habitual. Entretanto, o clima europeu, aliado a outras ocupações (entenda como desculpas) desmotivaram-me de continuar. O que antes era fácil e natural passou a ser difícil e fatigante. Na verdade, se pudesse, pediria para outra pessoa treinar em meu lugar.
Da mesma maneira funciona a prática da oração. É este o exercício da alma e não raro nos desacostumamos a praticá-lo. Quando isso acontece ficamos preguiçosos, arrumamos pretextos e passamos a desejar que outros o façam por nós. Assim, esta apatia espiritual transforma o que um dia foi simples e prazeroso numa atividade árdua e tediosa.
Conversar com Deus é o que nos mantém saudáveis. Contudo, não raro muitas pessoas transferem este diálogo aos chamados “pedidos de oração.” Este hábito assemelha-se muito a minha vontade de que outros se exercitem por mim.
Sem dúvida, é bom que oremos uns pelos outros, mas isso não implica que devemos abrir mão do nosso contato particular com Deus. A oração pessoal e diária é indispensável e intransferível. Se isso não acontece, rapidamente nos tornamos frágeis, nossa alma esmorece e adoece - tornando-se vulnerável a todo tipo de maldade.
Assim, como uma casa abandonada expõe-se a imundícies, bichos e ladrões, um homem sem oração expõe-se a malícia. É verdade que orar nem sempre é fácil. Sentimentos como culpa, medo ou rancor são algumas das cargas que nos remete ao letargo. Neste caso, bem mais penoso que a atividade física se torna a atividade espiritual. Sob tamanha influência, somos sugados em essência, o que exauri nossas forças tal como um pesadelo do qual não conseguimos acordar.
Por isso, é essencial darmos o primeiro passo. No começo pode parecer difícil e desconcertante. É comum que fujam-se os pensamentos, mas o importante é começar. É fundamental estreitarmos nossa relação com Deus. E não conheço outra forma que não seja pela oração. Assim como nos exercícios físicos, o esforço e a prática tornam a oração natural e compensadora. Haja o que houver não desistamos de orar!!!
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