A vida no FaKe Book
- Júnior Figueiredo
- 9 de mar. de 2017
- 1 min de leitura

A mídia contemporânea nos trouxe inovações com a internet e, com ela, a incrível vitrine do Facebook. E é através dessa ferramenta que tem surgido espaço para a maior propaganda enganosa de todos os tempos: a vida nossa de cada dia.
Vez por outra, alguém troca um rim por uma fotinho em Dubai, ou um pedacinho do fígado por um click em Paris. Na verdade, o local não importa. Os gostos são variados - o importante é aparecer. A quantidade de curtidas e comentários medem o nível da banalidade. E quanto maior a "trollagem" maior é a aclamação popular.
Dessa maneira, o “efeito face” tem ajudado também a construir uma vida fake. Isso, pois, o mentiroso geralmente crê na própria mentira e veste, assim, a carapuça da cocada preta. Como a maioria das coisas que queremos ter, não temos; nada melhor que uma bela foto. Ela mostra que sou o que na verdade não sou, mas no face posso fingir ser.
A grande pergunta é até onde vamos com essa vida de mentirinha. Fazemos protestos porque não queremos mais ser enganados, e na verdade, mais que ninguém, enganamos a nós mesmos com esse conto de fadas virtual.
Assim, vendemos uma imagem que se limita entre o click e a tela do computador. Tudo isso, para aparentar uma vida que não vivemos, com o dinheiro que não temos, para impressionar quem não conhecemos de verdade. Por fim, acabamos pagando mais caro pelas curtidas dos “amigos” que pelo que curtimos com os verdadeiros amigos.
Eis a estupidez humana...
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